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Reforma Tributária: Novos rumos e impactos para o setor logístico

A reforma tributária avança no Brasil e promete transformar profundamente o funcionamento do setor logístico.

Com a aprovação do PL 68/2024, sancionado em janeiro de 2025, a nova regulamentação muda a lógica da tributação e deve alterar significativamente as estratégias de distribuição de produtos em todo o território nacional.

Um dos principais impactos da nova política fiscal está na tributação com foco no destino, e não mais na origem da mercadoria. Isso representa uma mudança de paradigma para empresas que, até então, definiam seus centros de distribuição com base em incentivos fiscais regionais.

 

Descentralização da malha logística

Com a nova sistemática, as empresas terão maior liberdade para priorizar localizações mais estratégicas do ponto de vista logístico — considerando proximidade com centros consumidores, infraestrutura disponível e facilidade de acesso aos principais modais de transporte.

Essa alteração abre espaço para uma descentralização da malha logística, hoje fortemente concentrada na região Sudeste, especialmente nos polos de São Paulo e Rio de Janeiro. Com isso, regiões como o Nordeste e o Centro-Oeste — que já possuem alto potencial de crescimento — tendem a atrair novos hubs logísticos, impulsionando o desenvolvimento local.

 

Logística baseada em eficiência, não em distorções fiscais

A mudança na tributação favorece a adoção de modelos logísticos mais eficientes, onde a decisão sobre onde galpões e centros de distribuição será orientada por critérios técnicoe operacionais, e não mais por benefícios tributários desiguais entre os municípios.

Cidades com infraestrutura qualificada, como boas rodovias, acesso ferroviário, aeroportos e portos logísticos, passam a ganhar destaque nesse novo cenário. Essa reconfiguração tem o potencial de tornar o sistema de entregas mais ágil, encurtar distâncias e reduzir o custo do frete para o consumidor final.

 

Desafios para municípios e cadeia de suprimentos

Por outro lado, municípios que historicamente concentraram grandes operações logísticas devido à concessão de incentivos fiscais locais precisarão repensar seu papel no novo cenário. O fim dessa vantagem fiscal exigirá investimentos em infraestrutura, inovação e atratividade logística para continuarem relevantes.

A cadeia de suprimentos como um todo também deverá se adaptar à nova realidade tributária, exigindo investimentos em tecnologia, automação, compliance fiscal e integração de sistemas, para garantir agilidade e conformidade.

 

Oportunidade para modernizar a logística no Brasil

Mais do que um desafio, a reforma tributária representa uma grande oportunidade de modernização para a logística brasileira. Ao eliminar distorções e equilibrar a cobrança de impostos, o país dá um passo rumo a um modelo mais justo, com distribuição regional mais equilibrada de investimentos, maior eficiência operacional e ganhos reais de competitividade para o setor.

Fonte: Portal Mundo Logística


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